Pois é já estou no 3º dia e isto anda assim:
Depois de dormir em Luanda acordei cedinho e lá apareceu o Magalhães pra me levar ao aeroporto, como o voo pra Lubango era só as 14h15 andei a passear pela cidade e arredores… Medo, medo… Estive em locais que se fosse sozinho tinha deixado tudo nas calças.. Bairros como não há em Portugal, os verdadeiros bairros da lata em que o zinco impera nos telhados, o esgoto corre no chão.. a verdadeira selva onde os leões são pretos e as arvores são barracos…
Nas ruas de Luanda onde à fila à vendedor, vende-se agua, cola, gás, fruta, telemóvel, sapatilhas, axo que so não vim ng a tentar vender o pai ou a mãe.. O transito é mesmo de doidos.. tenho pena de não ter tirado umas fotos mas a oportunidade ira aparecer de novo…
Depois do belo passeio fomos apanhar o mauro a casa (ou seja, ao seu barraco) e fomos para o aeroporto.. O Magalhães e o Mauro trataram de tudo, fizeram o check-in, carregaram as malas, pagaram, etc...
Toda a aventura no aeroporto foi passada com um brasileiro que vinha também pra obra de Lubango, após passar no raio-X e em mais um controle pra mostrar passaporte e dizer que sou um homem de negócios e que estou ca pra isso, entrei na sala de espera… parece a de Lisboa, a diferença é que não tem loja de perfumes, nem telepizza, ou seja, nada, só cadeiras e um pequeno café..
Na espera percebemos o funcionamento daquilo.. Tem uns televisores que deviam ser pra passar a hora de embarque e afim mas só passam “nada”, ou seja, vem o preto á rua e diz “Cabinda TAG” e lá vai a malta toda pró autocarro.. após uma hora de atraso o gajo lá gritou Lunbango e ai vamos nós, ao chegar ao avião vemos as malas na rua e logo toda a gente sai a correr a pegar na mala e a entregar ao gajo da TAG que a mete no avião (deve ser um sistema inovador de confirmação de carga)…
Mal entro no avião aquele cheiro a transpiração de autocarro cheio começa a sobressair, logo me sentei ao pé dos motores (ultima fila do avião) com um barulho de deixar um gajo surdo.. Levantamos voo e começamos a ver agua a cair do tecto (parecia os autocarros que me levavam a escola que chovia lá dentro).. Serviram-me um suminho e depois dormi.. A certa altura sinto o avião a descer, olho pela janela e que vejo eu? NADA… “meu deus vamos cair” pensei eu. Só acreditei que existia uma pista depois de sentir os pneus a bater e o pessoal a bater palmas, até ai pensei que íamos aterrar no meio do mato pq o avião já não tinha gasosa…
No aeroporto, após mais uma passagem pelo controle, começa-se a ouvir uns números no ar, “082”, “094” (estilo bingo), era o numero das malas, e quando chamavam o teu numero ias a umas grades (estilo prisão, mas de malas) e com a entrega da senha davam-te a mala…
Depois lá vim parar a minha nova habitação.. 6 quartos, 3 casas de banho, tv cabo, mesa de bilhar, 2 seguranças (que falam uma língua esquisita), condições a maneira, so falta é net (Lá se vai uma parte do curto ordenado pra comprar net sem fios)...
A zona é muito fixe.. Muito verde.. Montes ao fundo.. a terra é pequena mas parece simpática.. E agora estou no estaleiro a espera de informação pra começar a bombar..
Saldo do segundo dia: Antes no meio de leões que andar de avião na TAG
2 comentários:
Que grande aventura!
Tens que fazer essa viagem muitas vezes???
Ufa que medo...
Bjs
Maria João
Olha lá, afinal onde é que andas??? Fiz uma pesquisa com LUBANGO e só me aparece uma terra dessas na "Republica Democrática do Congo", segundo o GoogleMaps.
É aí que estás?
Um gde abraçalho!
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